Por Vinícius Silva
Das tribos pataxó, situadas no sul da Bahia, especificamente na costa do descobrimento, onde mais de 11 mil índios da etnia pataxó vivem em diferentes comunidades dentro das áreas de demarcação indígena. E a maior parte deles já teve que se distanciar de seus costumes ancestrais em busca de empregos e sobrevivência, surgem propostas artístico / culturais visando o resgate da arte, representadas por objetos usados em rituais, em combates, na caça ou simples estética.
Acreditando restabelecer, promover e sustentar os valores tradicionais da tribo, preservando e disseminando a arte indígena pataxó; que tem raízes fundadas na vida em comunidade, em constante harmonia com a natureza e forte espiritualidade, numa relação próxima com o meio ambiente, que justifica a enorme sabedoria que carregam, acumulada por séculos de respeito ao contexto natural que deve ser celebrado.
Em Trancoso, a arte indígena vem direto das mãos dos índios que as criam, respeitando sua cultura e suas obras como únicas. E as vendas são da mesma maneira, com muito apreço, orgulho e sempre humanizando cada artesão indígena como deve ser.
Todos os objetos que tenho no momento são de dois índios: Girú e Arapati Cocares, remos, arcos e flechas, zarabatanas, facas, tacapes entre outros.
Pau Brasil
Medidas Total: 52cm
Lâmina - 30cm comprimento * 05 mm espessura
Feita de Cerne de Pau brasil
Cabo - 22cm comprimento * 13 cm circunferência
Cabo/tala Feito do osso da pata dianteira do Bufalo.
Cordas do cabo: Trançagem manual usando fibras de Embira (Fibra de casca de árvore).
Cola (usada para unir as partes): Fusão de cera de abelha, casca de ovo, resina de madeira e pó de café.
Eu me chamo Vinicius Silva, tenho 34 anos, moro em trancoso há 5. Sou de Belo Horizonte, Minas Gerais. Sou formado em sistemas de formação pela faculdade Cotemig e me encontrei na Bahia vendendo Arte, entre outras coisas. Sou apreciador da cutelaria por causa de Daniel Jobim, somente. Adoro facas. Tenho algumas. Adoraria disseminar a arte e a cultura dos nossos ancestrais índios, por amar, respeitar e admirar não somente os objetos mas os próprios índios, meus amigos.
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